sexta-feira, 18 de maio de 2012

Biguá

Biguá

O Biguá é uma ave da família dos falacrocoracídeos, o biguá habita a região que vai do México à América do Sul. Com uma plumagem escura e 75cm de comprimento, o biguá possui uma glândula uropigial, responsável pela secreção de uma substância impermeabilizadora de suas penas, tornando-as mais pesadas e com menos retenção de ar. Essa característica faz com que o biguá se torne um mergulhador mais rápido do que os demais pássaros, já que por ajudá-lo a livrar-se do ar durante o mergulho e liberar a água ao vir à tona, faz que o pássaro não gaste energia desncessariamente batendo as patas, podendo alcançar uma velocidade de 3.8 m/s. Isso faz do biguá um predador de alta eficácia na captura de peixes, quase um torpedo emplumado.

Biguá
Biguá
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Phalacrocoracidae
Gênero: Phalacrocorax
Espécie: P. brasilianus
Em questão de minutos, o biguá consegue realizar sucessivos mergulhos, que lhe rende dezenas de peixes, trabalhando em conjunto com outros biguás para encurralar o cardume contra a margem.
Diferente do que se pode pensar, os biguás não espantam os peixes durante sua ação de pesca. Pelo contrário, no Japão e na China eles são parceiros dos pescadores no sistema chamado de ukai, em que cada pescador leva dez biguás amarrados pelo pescoço com um corda, pela qual são controlados.
O biguá é adepto à pescarias coletivas e estratégicas, ladeando com outros biguá, todos no mesmo sentido, conseguindo assim bloquear canais e enseadas fluviais.
Basicamente piscívoros, uma vez que seu suco gástrico desagrega as espinhas de pequenos peixes, o biguá também se alimenta de moluscos, crustáceos e outros animais aquáticos.
As fezes do biguá, por serem ácidas, afetam o meio ambiente por danificarem as raízes e folhas das árvores, e até mesmo o solo. Quando o biguá mergulha ele defeca e, de suas fezes, é solta uma enzima que ajuda na manutenção da população de peixes.
Pedras, árvores e estacas à beira d’água são lugares bastante procurados por este exímio mergulhador para descansar e secar suas penas, enquanto que matas alagadas e matas ciliares, por vezes colônias de garças, são os habitats preferidos para nidificar sobre as árvores. A incubação de seus pequenos ovos, cobertos por uma crosta calcária branco-azulada, dura em torno de 24 dias.
O bigua é normalmente confundido com patos devida a aparência de suas patas com membranas e desprezados por serem tão comuns, daí a serem conhecidos também como pardais do rio. Sua plumagem escuro também não nos chama atenção como as penas coloridas de outros pássaros e tão pouco aguçam os caçadores, uma vez que os biguas não possuem muita carne.

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